segunda-feira, 22 de junho de 2009

Síntese

Deficiência Física



Definição: É o nome dado à característica dos problemas que ocorrem no cérebro ou no sistema locomotor, os quais levam a um mal funcionamento ou paralisia dos membros inferiores e/ou superiores.

Alguns tipos de deficiência: Lesão Cerebral; Miopatias; Lesões Nervosas Periféricas; Amputações; Distúrbios Posturais da Coluna; Reumatismos Inflamatórios da Coluna e das Articulações; Lesões por Esforços Repetitivos (L.E.R.); etc.

Fatores que podem causar as deficiências: Prematuridade; Desnutrição; Rubéola; Trauma de Parto; Aneurisma Cerebral; Tumor Cerebral; Acidentes de Trânsitos; Processos Infecciosos; Ferimento por Arma de Fogo; Exposição à Radiação; Uso de Drogas; Alterações Biomecânicas; Hemofilia;

Os ambientes nos quais vivem um deficiente físico devem ser mais acolhedores e não sempre parecerem uma inovação incomum.
Atualmente vemos rampas para cadeiras de rodas, corrimão no WC, superfícies não escorregadias e outras modificações ambientais que encorajam a independência.
Algumas escolas e instituições de ensino já contam com salas especiais para terapia ocupacional e física, as quais possuem materiais necessários usados nos tratamento de deficiências musculares e para o aperfeiçoamento da coordenação motora.
Vale ressaltar que os deficientes possuem Instituições ( APAE e no Paraná – ADFP) e leis que preservam os seus direitos.

Resenha "O Óleo de Lorenzo"

A deficiência física é caracterizada por danos no cérebro ou no sistema locomotor que levam a mal funcionamento ou paralisia dos membros.
O filme “O óleo de Lorenzo” trata exatamente de um caso específico de diagnóstico de Adrenoleucodistrofia, uma doença genética rara, incluída no grupo das leucodistrofias (doença genética que tem como resultado final a destruição da bainha de mielina), e que afeta o cromossomo X, sendo uma herança ligada ao sexo de caráter recessivo transmitida por mulheres portadoras e que afeta fundamentalmente homens.
O menino Lorenzo, protagonista do filme, foi diagnosticado com esta doença repentinamente aos cinco anos de idade. Os médicos procurados pela família, afirmaram que o garoto teria apenas 2 anos mais de vida, e que seria isso, não teria mudança, sendo que não havia tratamentos eficazes.
Os pais de Lorenzo não se conformaram com a acomodação dos médicos e buscaram com suas próprias mãos um tratamento possível de retardar a deterioração do cérebro e o definhamento de seu filho. Desta forma, encontraram um tratamento a base de óleo que abriu horizontes nos estudos sobre esta doença.
Lorenzo foi diagnosticado com 5 anos em 1984, veio a falecer por problemas respiratórios em 2008 com 30 anos.
A luta dos pais de Lorenzo para achar uma cura para o filho e o tratamento destinado a ele pelos mesmos possuíam um objetivo, o de incluir Lorenzo, ou então o de não deixa-lo ser excluído.
As questões de inclusão visam adaptações e conscientizações a respeito das diferenças e necessidades alheias visando uma sociedade com oportunidades para todos. Lorenzo não possuía movimentos, mas entendia o mundo a seu redor. Seus pais adaptaram a casa e não o tratavam diferente apesar de sua deficiência, trabalhavam o desenvolvimento do menino e o envolviam nas atividades familiares, incluindo-o no meio de vivência.

A Inclusão Social do Surdo

Inclusão social do surdo


“O conceito de inclusão nos ensina não a tolerar,
respeitar ou entender a deficiência, mas sim a legitimá-la,
como condição inerente ao ‘conjunto humanidade’.
Uma sociedade inclusiva é aquela capaz de contemplar
sempre todas as condições humanas, encontrando
meios para que cada cidadão, do mais privilegiado ao mais
comprometido, exerça o direito de contribuir com seu
melhor talento para o bem comum.”
Cláudia Werneck – presidente e idealizadora da Escola da Gente
– Comunicação em Inclusão.


Todos os anos, no dia 26 de setembro, é comemorado o Dia Nacional do Surdo, devido a inauguração do Instituto Nacional de Surdos Mudos do Rio de Janeiro em 1857, atualmente conhecido com INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos). Internacionalmente esse dia é comemorado em 30 de setembro.
Essas comemorações refletem a luta da comunidade surda, ao longo de vários anos, pela garantia de seus direitos e liberdades e a conquista gradual do que podemos ver hoje, como: a modificação da nomenclatura surdo-mudo apenas para surdo, já que é possível que o surdo fale, embora tal conceito permaneça na sociedade por falta de conhecimento ou preconceito; a diferenciação entre deficiente auditivo (apresenta grau parcial de surdez, apresentando uma porcentagem audível) e surdo (indivíduo que não apresenta nenhum grau de audição) e o estabelecimento da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) como língua verdadeira, constituída por regras fonológicas, morfológicas, semânticas e pragmáticas.
As barreiras encontradas pelos surdos ainda são muitas, mesmo existindo diversas leis que requeiram a igualdade deles em relação a todos os ouvintes e que preveja que adaptações devem ser feitas para que esses indivíduos se integrem à sociedade, principalmente, no âmbito educacional. E muitos órgãos, como o INES e a FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos) têm sido criados para atender as necessidades desses indivíduos, uma vez que a prática tem sido bem diferente da teoria estabelecida pelo governo federal. O ato de incluir socialmente esses cidadãos vai muito além do que o previsto no papel: devem ser realizadas grandes transformações sociais e educacionais para que eles sejam plenamente aceitos. E é com essas transformações que a comunidade surda conseguirá atingir seus objetivos de terem atendidos os seus direitos mais básicos como transporte, educação, lazer e serviços, como qualquer outro cidadão.
No âmbito educacional, eles lutam para que seja implantado o bilinguismo em todo o sistema escolar. O bilingüismo é uma filosofia educacional que prevê a aprendizagem da LIBRAS como a primeira língua, para que depois o indivíduo aprenda a Língua Portuguesa, como segunda língua, vivenciando assim todas as atividades inerentes aos diversos segmentos do sistema escolar. Mas a criação de escolas bilíngües que atendam aos surdos ainda está em processo de transição, devido às grandes modificações que implicará no sistema educacional, como produção de material didático específico para surdos, elaboração de novas metodologias, aperfeiçoamento e especialização de educadores, etc.
Porém, mesmo que a política do governo federal preveja a não segregação dos surdos e dos deficientes auditivos em escolas especiais, a realidade que vemos é bem diferente, porque as escolas e os professores estão despreparados e não há número suficiente de intérprete de LIBRAS que atendam a demanda escolar. Muitos educadores têm simplesmente se negado a aceitar esses alunos em suas aulas, e a questão vai além de querer ou não querer dar aulas para eles, uma vez que é necessário preparo e conhecimentos para lidar com essas novas situações. Já os educadores que os aceitam, desdobram-se para não dar aulas diferenciadas para alunos surdos e ouvintes; para adaptar sua maneira de falar, avaliar e usar diversos materiais, levando em conta que alunos surdos aprendem muito pela observação e de modo que todos aprendam e troquem experiências.
Mas não só a escola deve se incumbir do papel de incluir o indivíduo surdo, mas a família e a sociedade também devem participar desse processo. Assim, através do convívio do surdo com seus pais, educadores e pessoas próximas, ele terá desenvolvimento lingüístico e cognitivo, permitindo acesso a todos os conceitos e conhecimentos da sociedade.
Para a inclusão social do surdo é importante levarmos em consideração que ele não é um mero deficiente que não sabe falar e não ouve, mas sim um indivíduo que tem um outro canal de comunicação e linguagem própria. É preciso respeitar e reconhecer as habilidades dos surdos, reconhecendo que eles dependem de gestos, expressões e leitura labial como parte do processo comunicativo. Devemos ser claros ao falar, usando velocidade e tom adequados, dirigindo-se sempre para a pessoa surda com quem falamos, mas não para o intérprete. Agindo assim, já estamos dando um primeiro passo para que esses indivíduos tenham garantidos seus direitos de cidadãos e possam conquistar cada vez mais espaço em nossa sociedade, deixando para trás o preconceito e a crença de que os surdos e os deficientes auditivos jamais aprenderiam a se comunicar com os membros de seu país.


Referências:
www.feneis.org.br
www.ne.org.br


Resenha filme "Meu Nome é Rádio"

A inclusão social do deficiente mental no filme “Meu nome é Rádio”.

Nos EUA, em 2003, foi lançado o filme de título original “Radio”, com tradução brasileira “Meu nome é Rádio”. Com roteiro de Mike Rich e direção de Michael Tollen, o drama de 109 minutos conta com os seguintes atores em seu elenco: Cuba Gooding Junior (Radio), Ed Harres (Treinador Jones), Debra Enger (Linda), Alfre Woodward (Diretor Daniels), S. Epatha Merkerson (Maggie), Brent Lexton (Honeycutt), Chris Mulkey (Frank), Riley Smith (Johnny) entre outros.
A história, baseada em fatos reais, nos relata a vida de James Robert Kennedy, um deficiente mental que vivia às margens da sociedade até o momento em que conheceu o treinador do time de futebol americano do colégio secundário T.L. Hanna High School, no bairro de Anderson, Carolina do Sul. De um membro excluído socialmente, Rádio, como James era conhecido por portar consigo um pequeno rádio de pilha, passa a fazer parte da comunidade e da escola local, mesmo após enfrentar diversos preconceitos.
O filme é iniciado com imagens que mostram objetivamente a diferença entre Rádio e os demais membros da cidade. Enquanto os jogadores se divertem e treinam unidos, ele está passando, solitário, pela rua, com seu carrinho de supermercado cheio de objetos que lhe interessam e não servem mais para outras pessoas. Mas, de longe, Rádio observa o time treinando e talvez pense como gostaria de fazer parte daquele meio. O problema é que os próprios moradores da cidade têm receio quanto ao comportamento dele e acabam por excluí-lo. Essa passa então ser a realidade de Rádio e é, também, a realidade de muitos cidadãos no mundo inteiro, que lutam a cada dia para serem aceitos. É certo que, teoricamente, esta luta deveria ter acabado, já que a própria Declaração de Direitos Humanos prevê que todos somos cidadãos iguais perante a lei. Mas o próprio filme nos revela o quanto a teoria está longe da prática.
No filme, a diretora, os jogadores e a própria mãe de Rádio representam a nossa sociedade preconceituosa, que está completamente despreparada para receber as pessoas tidas por ela como anormais, ou seja, fogem do que seria o padrão normal de cidadão ou aquele que não tem deficiências. A reação desses personagens nos mostra os obstáculos que os deficientes físicos e mentais enfrentam. Os diretores e professores, por não estarem aptos a recebê-lo, preferem afastá-lo do convívio dos demais, pois acham que ele pode trazer problemas e que não desenvolverá suas habilidades.
Isso é uma denúncia em relação ao despreparo da rede de ensino mediante situações como esta. Todos têm direito à educação, mas lidar com a realidade do deficiente em qualquer de suas categorias – mental, visual, auditivo etc. – requer uma modificação do sistema educacional e, principalmente, nos conceitos éticos e morais de cada indivíduo.
Rádio é um deficiente tímido e solitário, porque não teve uma oportunidade. Mas bastou tê-la para que grandes transformações acontecessem em sua vida. A ajuda de um treinador, Harold Jones, foi fundamental para seu desenvolvimento. O menino pobre que pouco ou nada falava, passou a anunciar cardápios e eventos nos altofalantes da escola e a ajudar o treinador com o time. E é esse o ponto que todos que assistem ao filme devem perceber: para que eles desenvolvam e cresçam, basta fornecer a eles aquilo que lhes é direito.
Porém, incluir socialmente um indivíduo como Rádio não é tarefa fácil. Embora no filme apenas o treinador tenha lutado contra tudo e todos para integrá-lo, em nossa sociedade esse trabalho requer união de diversos elos como família, educadores e sociedade como um todo. A família precisa entender a deficiência de seu filho e buscar meios de defender os direitos e as necessidades dele, agindo de maneira diferente a que a mãe de Rádio agiu inicialmente, ou seja, com medo da reação das pessoas em relação ao seu filho ela o afastava dos demais, como maneira de protegê-lo.
A escola deve atender aos direitos previstos em lei e adequar-se de modo que possa receber alunos deficientes. Deve dar a eles a oportunidade de conviver com seus semelhantes e de desenvolver suas habilidades. Além disso, deve estabelecer programas em que deficientes e não deficientes atuem juntos e de maneira cooperativa, sem ressaltar diferenças e demonstrar preconceitos. Aos educadores caberá a adaptação para lidar com esses indivíduos sem que diferenciem os alunos ou priorizem uns em detrimento de outros.
Dessa forma, o deficiente poderá ser incluído socialmente e ter chances como a que Rádio teve ao final do filme. Hoje, ele é cidadão conhecido e querido na cidade de Anderson, Carolina do Sul. Além disso, ganhou a oportunidade de estudar e é ajudante do treinador do time de futebol americano.
Rádio se desenvolveu em vários aspectos e modificou vidas e pensamentos. Ele representa muitos deficientes que, com muita luta, tiveram suas vidas transformadas. Cabe agora aos indivíduos de toda a sociedade transformarem seus pensamentos e conceitos para aderirem à inclusão social não só de indivíduos deficientes, mas daqueles que enfrentam o preconceito de raça, religião, sexo e desigualdade econômica. Mas a barreira não deve ser quebrada pelo simples fato de existirem leis que protejam essas pessoas, mas pelo fato de sermos todos seres humanos semelhantes e de iguais direitos, devendo ter o exercício pleno e livre de nossa cidadania.

domingo, 21 de junho de 2009

Resenha do filme O Aviador.

Resenha sobre o filme “O Aviador”
Ione Bolkenhagen
O nome original do filme é “The Aviator ”(O Aviador), é do gênero biografia/drama, tem origem nos Estados Unidos e foi lançado em 2004. O tempo de duração é de 170 minutos e a direção é de Martin Scorsese. O elenco principal é composto por Leonardo DiCaprio, interpretando Howard Hughes, Cate Blanchett, Kate Bechinsale e Gwen Stefani. Os principais prêmios e indicações que recebeu foram: Oscar, Globo de Ouro, Bafta, Prêmio Saturno e MTV- Movie Awards.
A história é baseada em fatos reais e conta a vida de Howard Hughes, que foi aviador, engenheiro, industrial, produtor de cinema, diretor cinematográfico e um dos homens mais ricos do mundo. Sua vida foi bem agitada com todas as suas manias e desejos, amantes e acessos de loucura. Na infância, a sua mãe o superprotegia, isolando-o de todos os germes ambientais. O reflexo de tais atitudes foi que Howard desenvolveu uma doença mental que também pode ser causada pelos transtornos de ansiedade, chamada TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo).
Leonardo DiCaprio, que interpreta Hughes, apresenta sérias compulsões, ou seja, rituais repetitivos, preocupação com os germes, principalmente em banheiros públicos, onde lava as mãos várias vezes. Depois de sofrer um acidente de avião, foi necessária uma transfusão de sangue, que só foi realizada porque ele estava inconsciente, pois ele tinha uma preocupação excessiva com as doenças. Quando dirigia um filme tinha a necessidade de revê-lo várias vezes; quando construía os aviões, tinha de passar a mão sobre eles para verificar se estava tudo em tamanha simetria, pois não aceitava imperfeições. Apesar de todos esses problemas, Howard não era excluído pela sociedade, pois tinha poder e influência. Geralmente os portadores de deficiências físicas não recebem apoio, são abandonados pela família, amigos e se isolam, dificultando o seu convívio junto à sociedade. No caso de Howard, o isolamento foi uma conseqüência da doença.
As Leis existem e servem para promover e facilitar o convívio social das pessoas com deficiências, porém muitas não são respeitadas. O Brasil é considerado um dos países que tem a melhor legislação referente às pessoas portadoras de deficiência. A legislação brasileira prevê e assegura o direito de ir e vir dos cidadãos. O Ministério Federal na Bahia (MPF/BA) pediu para as companhias aéreas TAM, Web Jet e Gol para proporcionar maior acesso às pessoas com deficiência física e mental no sistema de transporte aéreo. A Lei 10.098 (19/12/200) promove a acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida. Tarefas simples do cotidiano a serem executas por pessoas sem deficiência, podem ter um grau maior de dificuldade para aqueles que possuem qualquer tipo de deficiência, basta caminhar pelas ruas, entrar um elevador, num prédio, usarem o transporte público, hospitais, taxi e até mesmo dentro de casa.
Quando se trata de educação, a escola não está preparada para receber as pessoas portadoras de deficiência, pois os professores e funcionários não estão capacitados. As autoescolas não possuem carros adaptados. As empresas têm trabalhado junto as ONGs para incluir e preparar as pessoas com deficiência no campo profissional. Devemos ter cuidado com a linguagem, ou seja, usar termos incorretos pode gerar discriminação em relação às pessoas com deficiências. A informação é o único jeito de quebrar o preconceito.















Resenha sobre o filme “O Aviador”
Ione Bolkenhagen
O nome original do filme é “The Aviator ”(O Aviador), é do gênero biografia/drama, tem origem nos Estados Unidos e foi lançado em 2004. O tempo de duração é de 170 minutos e a direção é de Martin Scorsese. O elenco principal é composto por Leonardo DiCaprio, interpretando Howard Hughes, Cate Blanchett, Kate Bechinsale e Gwen Stefani. Os principais prêmios e indicações que recebeu foram: Oscar, Globo de Ouro, Bafta, Prêmio Saturno e MTV- Movie Awards.
A história é baseada em fatos reais e conta a vida de Howard Hughes, que foi aviador, engenheiro, industrial, produtor de cinema, diretor cinematográfico e um dos homens mais ricos do mundo. Sua vida foi bem agitada com todas as suas manias e desejos, amantes e acessos de loucura. Na infância, a sua mãe o superprotegia, isolando-o de todos os germes ambientais. O reflexo de tais atitudes foi que Howard desenvolveu uma doença mental que também pode ser causada pelos transtornos de ansiedade, chamada TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo).
Leonardo DiCaprio, que interpreta Hughes, apresenta sérias compulsões, ou seja, rituais repetitivos, preocupação com os germes, principalmente em banheiros públicos, onde lava as mãos várias vezes. Depois de sofrer um acidente de avião, foi necessária uma transfusão de sangue, que só foi realizada porque ele estava inconsciente, pois ele tinha uma preocupação excessiva com as doenças. Quando dirigia um filme tinha a necessidade de revê-lo várias vezes; quando construía os aviões, tinha de passar a mão sobre eles para verificar se estava tudo em tamanha simetria, pois não aceitava imperfeições. Apesar de todos esses problemas, Howard não era excluído pela sociedade, pois tinha poder e influência. Geralmente os portadores de deficiências físicas não recebem apoio, são abandonados pela família, amigos e se isolam, dificultando o seu convívio junto à sociedade. No caso de Howard, o isolamento foi uma conseqüência da doença.
As Leis existem e servem para promover e facilitar o convívio social das pessoas com deficiências, porém muitas não são respeitadas. O Brasil é considerado um dos países que tem a melhor legislação referente às pessoas portadoras de deficiência. A legislação brasileira prevê e assegura o direito de ir e vir dos cidadãos. O Ministério Federal na Bahia (MPF/BA) pediu para as companhias aéreas TAM, Web Jet e Gol para proporcionar maior acesso às pessoas com deficiência física e mental no sistema de transporte aéreo. A Lei 10.098 (19/12/200) promove a acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida. Tarefas simples do cotidiano a serem executas por pessoas sem deficiência, podem ter um grau maior de dificuldade para aqueles que possuem qualquer tipo de deficiência, basta caminhar pelas ruas, entrar um elevador, num prédio, usarem o transporte público, hospitais, taxi e até mesmo dentro de casa.
Quando se trata de educação, a escola não está preparada para receber as pessoas portadoras de deficiência, pois os professores e funcionários não estão capacitados. As autoescolas não possuem carros adaptados. As empresas têm trabalhado junto as ONGs para incluir e preparar as pessoas com deficiência no campo profissional. Devemos ter cuidado com a linguagem, ou seja, usar termos incorretos pode gerar discriminação em relação às pessoas com deficiências. A informação é o único jeito de quebrar o preconceito.































sábado, 20 de junho de 2009

Compromisso Precioso - Resenha

Um compromisso precioso

O maior compromisso da vida de John Brighton (Ken Howard) é o de ver sua esposa Ellen (Barbara Babcock) bem, a ponto de superar todas as dificuldades provindas da doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. O casal não acredita no laudo médico, mas as lembranças de Helen tornam-se cada vez mais vagas, a ponto de esquecer até mesmo o nome de seus filhos.

Compromisso precioso é um filme do diretor norte-amerciano John Schimidt (1999) produzido diante de uma tendência alemã de renovação do matrimônio a cada sete anos. Ele rompe com o pensamento daqueles que buscam no amor somente satisfação própria, nunca tendo de ver o lado do outro. John acredita que o amor existe para ultrapassar barreiras e enfrentar desafios como este, que degenera e acaba com o que a pessoa tem de mais valoroso: sua memória.

Esse acontecimento mostra que a esperança tem de ser vislumbrada para que cada dia seja vivido com entusiasmo, pois pode chegar um em que as coisas mudem – a doença persistirá – mas o carinho e dedicação poderão transformar qualquer laudo médico em nada, evaporando as teorias da ciência e mostrando o milagre divino do amor. Essa é a temática principal do filme e um pensamento de inclusão segundo o qual somente os entes queridos têm capacidade para dar todo o apoio necessário e cuidados que necessitam os deficientes. No filme, a escola ou ambiente especial deve deixar de existir, um sentido diferente dos que pensam não ter como enfrentar as dificuldades dentro da sociedade e da família. Todos são iguais, veem da mesma base e possuem traços comuns que tornam os indivíduos semelhantes. É precis amar e respeitar, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, esse é o verdadeiro compromisso com a pessoa especial.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Resenha do fime: My Left Foot


Juliana Benevide Sereno.

O filme “Meu pé esquerdo” é uma adaptação real da autobiografia do escritor irlandês Christy Brown. Ele foi criado pela mãe, que tinha 22 filhos, mas apenas 13 sobreviveram. A primeira cena do filme é a história de Chirty, contada na biblioteca para Mary. O personagem central sofria de paralisia cerebral e deficiência física, e a única parte do corpo que conseguia controlar era o pé esquerdo. Christy Brown supera as barreiras físicas assim como também aprende sozinho a desenhar e a escrever.

A interação de Cristy com a família e os amigos era dinâmica, pois todos o tratavam como igual. Ele participava das brincadeiras de rua; sendo o goleiro, deitado, defendia a bola com a cabeça; também brincava de corridas com seu carrinho de corri-mão. Ainda com todos os problemas, a mãe de Cristy procurou ajuda e aceitou os favores da Dra. Eileen, especialista em paralisia cerebral. Cristy escreveu uma carta de amor à adolescente Mary, que o rejeitou por causa de suas deficiências físicas. Foi quando ele de deparou com amor platônico, tendo a chance de uma nova paixão pela professora Eileen, que também o rejeita.
O filme mostra a inclusão do personagem Cristy na convivêcia com amigos e família e a sua exclusão de relacionamentos amoros e por causa de preconceitos partindo das pessoas do bairro. O filme ajuda cada um reconhecer o potencial que traz consigo, refletindo para o que deseja.

O título Original é My Left Foot, direção Jum Sheridan com a participação do elenco: Daniel Day-Lewis, Cyril Cusack, Brenda Fricker, Alison Whelan, Kirsten Sheridan, Declan Croghan, Eanna MacLiam, Marie Conmee, Phelim Drew, Ruth McCabe, Fiona Shaw , O ano de produção é de 1.989, no país do Reino Unido.

sábado, 13 de junho de 2009

Resenha do Filme Frida - Suzan Marcell

O filme foi dirigido por Julie Taymor e traça através de fatos reais o assunto de uma pintora e revolucionária mexicana. Foi vencedor de 2 Oscar. É um drama e tem a duração de 120 minutos, com a participação de Salma Hayek, Alfred Molina, Antonio Bandeiras.
A história começa com Frida ainda adolescente, em 1925, quando ela e seu namorado espionavam o famoso muralista Diego Rivera enquanto ele desenhava uma modelo. Ao voltar para casa, um acidente de ônibus mudou sua vida: ela foi encontrada seminua entre os destroços, coberta de sangue e pó-de-ouro, empalada por uma barra de metal, que entrou por sua coxa esquerda e saiu por sua vagina, o que causou um ferimento profundo. Mas Frida lutou contra a dor com uma natureza transgressora.
Com a ajuda de seus pais, Kalho obteve os tratamentos devidos, assim como apoio por parte deles, ressaltando que isso é um elemento fundamental para que todo indivíduo portador de alguma deficiência seja incluído na sociedade. E assim essas pessoas se sentirão amparadas e poderão demonstrar o quanto são capazes e talentosas. No caso de Frida, seus traumas da coluna vertebral são expressos por meio de suas pinturas e expostas à sociedade, mostrando, dessa maneira, que ela podia realizar funções e ocupar lugares, partilhando aos outros um novo olhar como modelo principal: o dela mesmo. Os seus quadros retratam o sofrimento aliado a um lirismo e exotismo perturbador. Ela pintava autorretratos e debatia arduamente o papel da arte na sociedade. Apresenta uma versão feminina do movimento surrealista. E até impulsionou, junto com André Breton, o movimento na construção do Manifesto pela Arte. Destaca-se, então, que para o deficiente, com o apoio da família, é possível quebrar preconceitos e ter direito ao que é humano.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Resenha do Fime Amor Eterno (Aline)

Amor Eterno

O filme Amor Eterno, lançado na França em 2004 , por Jean Pierre Jeunet, mesmo diretor do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001), traz em seu elenco artistas como Audrey Tautou, Gaspard Uliel, Marion Cottilard, Jodie Forter, entre outros.

Amor Eterno ganhou cinco prêmios no César, nas seguintes categorias: Melhor Atriz Coadjuvante (Marion Cotillard), Melhor Revelação Masculina (Gaspard Ulliel), Melhor Fotografia, Melhor Desenho de Produção e Melhor Figurino. Recebeu ainda outras sete indicações, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz (Audrey Tautou), Melhor Roteiro, Melhor Edição, Melhor Trilha Sonora e Melhor Som.

O filme retrata a luta da jovem Mathilde (Audrey Tautou) para reencontrar o seu grande amor, Manech (Gaspard Ulliel), condenado à morte por cometer a automutilação durante a I Guerra Mundial. Mathilde é uma jovem órfã, atingida desde a infância pela poliomielite, que provocou uma deficiência em sua perna.

Apesar de todas as evidências estarem voltadas para a morte de seu noivo, Mathilde não desiste do seu grande desejo de encontrá-lo. Ela passa por diversas situações e constrangimentos para conseguir o que de fato deseja e por fim consegue encontrar o seu amado.

Faz-se importante analisar a questão da poliomielite na época, pois não havia recursos suficientes para um diagnóstico apurado da doença assim como as campanhas de vacinação que são feitas atualmente. A poliomielite é uma doença causada por um vírus que gera paralisia, por vezes é mortal. Ela é mais comum em crianças e conhecida como paralisia infantil. Atualmente a doença está erradicada de vários países devido às campanhas de vacinação dirigida pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Através da vacinação universal, a doença pode ser erradicada completamente, pois o único incubador da doença é o ser humano.

Podemos perceber também que há no filme a presença de uma conceituação preconceituosa com relação à Mathilde, definindo-a como aleijada, ao invés, de pessoa com deficiência, um termo que era frequentemente utilizado até a década de 80.

Por fim, independente de uma pessoa possuir ou não uma deficiência, é necessário estarmos conscientes de que ela é uma pessoa perfeitamente capaz de lutar pelos seus sonhos e objetivos, é um ser humano como qualquer outro, constituído de sentimentos, força, coragem e esperança em relação às diversas situações existentes em sua vida.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

DEFICIÊNCIA - resultados benéficos da inclusão.

Por: joeverson Barbosa

Rain Man (1988, United Artists) é um filme comovente. Nele o telespectador entra na vida de um homem autista (Dustin Hoffman) e seu irmão, Charlie Babbitt ( Tom Cruise), durante os dias em que estes passam juntos nos E.U.A. dos anos 80, quando vão saber da existência de um e de outro pela primeira vez.

Charlie, o irmão caçula é dono de uma vendedora de carros esportivos - até então ele se considerava filho único. Recebe a noticia de que seu pai, um homem viúvo de quem estava afastado há muito tempo por traumas na adolescência, acabara de morrer. Quando vai assinar os documentos relacionados a sua parte na herança, tem um surpresa: descobre que a maior parte desse dinheiro fora doada a uma instituição para pessoas com deficiências mentais. Ao tentar descobrir o motivo dessa doação tem uma surpresa ainda maior: a existência de um irmão mais velho, autista, internado nessa casa desde à infância de Charlie.

E quais foram as atitudes tomadas por esse caçula? Movido primeiramente pela cobiça, rapta seu irmão desse referido estabelecimento para tentar, aproveitando-se da deficiência do primogênito, apoderar-se da outra parte da herança. Mas, através disso, acaba apoderando-se é de outra coisa: de um passado totalmente desconhecido para ele. Tantas e tão preciosas evocações resgatam do esquecimento um modo de vida que era para Charlie, um self-made-man (homem de negocio) convicto, apenas um passado longínquo, que, graças ao irmão doente, faz com que volte a sorrir novamente, curtir a vida.

O filme, no entanto, guarda outras riquezas: por exemplo, o resultado da inclusão de um autista na sociedade; pois, Rain Man ficara, esse tempo todo, isolado em uma instituição com suas modalidades de exclusão. Se até hoje o autismo é considerado uma doença que representa um enorme desafio para médicos, educadores e familiares , naquele anos em que o filme fora lançado obviamente que a questão era menos discutida ainda.

Nesse sentido, a questão da inclusão de pessoas com deficiência pode ser analisada no longa, pois, como já dissemos, o efeito benéfico de que essa saída de Rain Man da instituição trouxe para Charlie, demonstra também que a interação apresenta efeitos positivos não somente nas atitudes dos portadores de deficiências, mas nas daqueles considerados normais.

Como resultado disso, podemos considerar que, quanto mais cedo a pessoa especial for estimulada pelo convívio com outras tidas como normais, melhor será o resultado quando adulto, tanto para ela quanto para os envolvidos nessa relação. Dessa forma, chegamos a inclusão dessa pessoas no ambiente escolar; o acesso à educação em idades precoces é um fator decisivo para compensar muitas das dificuldades que essas pessoas vivênciam em consequência de sua deficiência. E entre essas dificuldades, pelo menos na América Latina, está a da pobreza. Mesmo que alguns países, como o Brasil, contemple em suas legislações o atendimento a alunos com necessidades especiais, sabemos que isso não acontece na realidade.

Apesar disso e mesmo o autismo ser definido pela organização Mundial da Saúde como um distúrbio do desenvolvimento, sem cura e severamente incapacitante, pesquisador como Mantoan (1987/1991) comprovou experimentalmente que a solicitação do meio escolar resulta em benefícios para o desenvolvimento das estruturas lógicas concretas nos portadores de deficiência intelectual. E também, como dissemos, da troca de experiência e conhecimento que essa inclusão trás para os alunos normais.

Ainda com relação as dificuldades encontradas pelos deficientes, existe a pior delas: o preconceito. O filme evidência isso e o jogo de interesses de uma sociedade conservadora americana que tenta esconder seus doentes, como fizera o pai de Rain Man, relembrando uma pratica muito comum na idade média. No entanto, os Estados unidos se tornaram pioneiros nessa tarefa de inclusão, principalmente (ou providencialmente?!) no mercado de trabalho. Criaram a figura do jobcoach, pessoa capacitada que primeiramente analisa a estrutura do ambiente do trabalho e suas tarefas, para depois treinar o autista até que este consiga desempenha-la de forma independente.

Outra e não menor riqueza no filme é a bem acertada interpretação por parte dos atores, Dustin Hoffman, como Rain man e Tom Cruise como Charlie . Hoffman, a exemplo do que já fizera no papel do peculiar Louis Degas em Papillon consegue encarnar uma pessoa portadora de deficiência sem recair em modelos caricatos. O resultado não poderia ser diferente: o longa, embora traga a tona um assunto tão dramático, tem passagens divertidissímas que acaba constituindo um ótimo filme para assistir com a família.